quinta-feira, 4 de abril de 2013

Fodascidades da vida


Quem curte reggae é maconheiro ,rap é bandido, rock é satânico e Funk é cultura. WTF ,pode isso Arnaldo? Tem algo errado ai em!


   
    Participação do nosso Leitor Iuri Guilherme Dumaszak , estudante de engenharia civil da UNITRI-Centro Universitário do Triangulo em Uberlândia-Minas Gerais . No texto ele relata e expõe sua opinião em questão a discriminação musical no Brasil, que por si , é bastante vista no país. Se Liga ai !

“- Sou estudante de engenharia civil, e no dia 02/04 foi marcada uma visita técnica em um parque aquático. Por questão de segurança, nós (a turma), fomos orientados à utilizar calçado fechado, e de preferência bota ou botina, eu nem estava preocupado com isso até o dia da tal visita. Quando estava quase saindo de casa lembrei desse detalhe e pensei “com esse tênis branco não vou mesmo”, então voltei pro meu quarto para trocar de calçado.
   Quando reparei nos meus calçados percebi que só tinha 2 tênis brancos, um tênis de couro, caro demais pra enfiar na lama da construção, e o meu coturno, preto. Resolvi usa o coturno mesmo, apesar de não utilizar tanto e estar mais reservado à shows de Rock, já tinha usado ele antes  pro dia a dia, e também gosto.
Beleza, fui pra faculdade, e logo no ponto de ônibus começou a manifestação de ignorância do ser humano lapidado pela sociedade especulatória. As pessoas que estavam lá olharam em minha direção meio que receosos, nem dei muita importância porque pensei que não fosse comigo. Quando cheguei no terminal central, a mesma coisa, e foi quando em um momento de distração olhei pra baixo e lembrei do coturno, ai já saquei tudo né, tinham algumas pessoas olhando pra mim como se fosse um bandido ou marginal, como se eu fosse assaltar ou espancar alguém por causa dele.
   Geralmente quando se vê uma pessoa que não é um militar ou algo do tipo usando um coturno, se pensa que ele é Rockeiro (é mais ou menos meu caso), e ao longo da historia do Rock desde seu surgimento, tem se relacionado o estilo musical com satanismo, violência, brutalidade, marginalidade, e drogas (entre outras coisas que não lembro agora), porque algumas pessoas acabam “cagando no pau” e deixaram essa imagem do Rock, e foi por causa disso que aconteceu essa situação comigo, e ainda esquecem de um outro estilo musical bem vulgar, o funk, não estou querendo falar mal no sentido de desprezar não, mas é que as mesmas pessoas que ficaram olhando pra mim como um marginal, podem ter um filho e/ou filha que ouvem musicas que tratam a mulher como objeto, falam constantemente de putaria, tem letras pouco diversificadas ou totalmente repetitivas (“lekleklek”, “bota tudão”, “ela dá pra nóis que nóis é patrão”, “sou foda, na cama te esculaxo”, “senta senta senta”, passa nela, passa o pau na cara dela”, “kétchup aonde?”, ..., ..., ..., e vai indo), não tem contexto social ou de que algum modo venha à somar na formação ética ou moral do ser humano, ou na sociedade, no Rock tem isso, e mais ainda, e quem ouve sabe disso. Quem ouve Rock, sabe que no máximo faz uma “avacalhation”(me refiro ao masssacration), e essa coisa de satânico é a interpretação  individual de uma palavra na letra da musica, com seu significado atribuído à toda ela, o que acabou sendo automaticamente atribuído à todo o estilo.
   Não quero começar uma discussão sobre estilos musicais ou falar mal de outros estilos (o que acabei fazendo), mas seria bom se após ler isso, você pensasse bem sobre a relação do estilo musical e o comportamento de algumas pessoas, que nem sempre tem muito à ver, mas sinceramente, tratar o Rock como marginalidade, e tratar funk com indiferença ou como cultura, é foda viu.
   É foda, não me importei porque não conheço essas pessoas ignorantes e estou "cagando e andando" pra isso e pra elas, mas é foda.
P.S. : Na hora que percebi o que estava acontecendo estava ouvindo “slipknot_ People = shit”  hahahahahahahaha.” - Por ultimo deixo uma imagem que vi na página “Rock vs Rock” no facebook.

  É isso ai pessoal , nosso leitor deixo bem clara sua mensagem e parabéns pelo artigo Iuri Guilherme Dumaszak
  Participe você tambem, envie seu artigo para : seeligaai@gmail.com , com nome do autor e residente , teremos o prazer em compartilhar ;) .
 
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